A GUERRA ESQUECIDA
A História dos Conflitos
A crise de Suez -
O Filme :
http://www.youtube.com/watch?v=eGrdjVD-5fU
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- A crise de Suez foi uma guerra que aconteceu
principalmente em territórios do Egito, em 1956.
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Tempos atrás, o Canal de Suez, de grande importância pois ligava o Mar
Mediterrâneo e o Mar Vermelho, foi fundado pela França e pelo Egito em 1869.
Apesar disso, tanto o território que envolvia o canal quanto a empresa que o
operava eram egípcios. Em 1875, o governo da Inglaterra comprou parte da
empresa que operava o canal, ganhando controle parcial sobre suas operações.
Anos depois, em 1882, durante intervenções estrangeiras no Egito, a
Inglaterra tomou o controle do canal, que se tornou importantíssimo durante
a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.
Em 1952, oficiais do Exército do Egito depuseram a monarquia do Rei Farouk,
no Egito, que era um grande aliado da Inglaterra. O novo governo se tornaria
independente, sem qualquer operação conjunta com países europeus. Isso gerou
uma preocupação sobre o que aconteceria com o canal de Suez.
Nos anos seguintes, entre 1953 e 1956, a Faixa de Gaza, sob domínio do
Egito, havia se tornado um acúmulo de refugiados da Guerra Árabe-Israelense,
de 1948. Israel não cumpria com as ordens da ONU, que concedia o direito dos
refugiados retornarem aos seus lares. Ariel Sharon, liderando a Unidade 101,
fez constantes ataques à região, muitas vezes criticado pela ONU e até por
quem apoiava Israel.
Durante as tensões entre Israel e Egito, em 26 de julho de 1956, o
presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, anunciou a nacionalização da
empresa que controlava o canal de Suez.
Em 29 de outubro do mesmo ano(1956), Israel invadiu a Faixa de Gaza e a
Península de Sinai, em direção ao canal. A França e a Inglaterra, que haviam
combinado o ataque inicial de Israel em uma reunião secreta anteriormente,
se ofereceram para separar ambos os exércitos do conflito e reocupar a área.
O Presidente Nasser, com forte apoio do povo egípcio após a nacionalização,
recusou a idéia.
Essa decisão foi usada como pretexto para que a França e a Inglaterra
atacassem o Egito em conjunto com Israel.
A França e a Inglaterra iniciaram bombardeios ao Egito em 31 de outubro,
procurando forçar a reabertura do canal. O Presidente Nasser respondeu ao
ataque afundando todos os 40 navios presentes no canal.
Os ataques terrestres começaram em 5 de novembro, através do domínio do
aeroporto de El Gamil, usando pára-quedistas. Na manhã de 6 de novembro,
aviões militares conseguiram pousar no aeroporto, mesmo durante forte
resistência. A cidade egípcia de Bur Said, muito próxima ao canal, fora
atacada e incendiada.
A operação de ataque ao canal pode ser considerada como um sucesso no âmbito
militar, mas um amplo fracasso político. Os Estados Unidos foram muito
criticados ao condenar a intervenção da União Soviética nos conflitos na
Hungria, mas nada comentou sobre as operações dos seus dois principais
aliados, França e Inglaterra.
Após isso, os Estados Unidos passaram a pressionar seus aliados para que
parassem o conflito. Uma pressão financeira foi a estratégia usada pelo
presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, que culminou com o a do
primeiro-ministro da Grã-bretanha, Anthony Eden, que foi forçado a
renunciar. O evento marcou o fim da crise, e as forças de invasão se
retiraram do Egito em março de 1957.
O conflito mostrou a fraqueza dos países aliados, e a França oncluiu que não
poderia confiar em seus parceiros, principalmente os Estados Unidos. Israel,
sem opções, foi forçado a retirar as suas tropas do Monte Sinai.
O Presidente Nasser ganhou um grande apoio do mundo árabe após o conflito,
promovendo um sentimento de união do povo árabe em todo o Oriente Médio. O
conflito também acelerou o processo de descolonização dos territórios sob o
domínio da Inglaterra e da França, que se tornaram independentes nos anos
seguintes.
ORIENTE MÉDIO VIVO, fundado em 20 de fevereiro de 2006.
Fontes de pesquisa:
Website ativista Palestine Monitor (www.palestinemonitor.org)
Website ativista Electronic Intifada (www.electronicintifada.net)
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“É mais triste perder um filho para o mal do que
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De: Theodoro da Silva Junior <theojr@terra.com.br>
Data: 13/07/2007 (23:02:13)
Assunto: A eterna crise de Suez
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