Herói da FEB
Marechal Waldemar Levy Cardoso
Detentor
do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira
Decano
da Ordem dos Velhos Artilheiros
Sócio
Honorário - Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
Israel
Blajberg (*)
A
vida do já saudoso Marechal LEVY foi marcada pela luta incessante em prol dos
ideais libertários e democráticos.
Desde
1921 quando saiu da Escola Militar, passando pelas glorias alcançadas na FEB,
até idade tão avançada manteve elevada vibração, ardor e patriotismo, ele
que foi o Detentor do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira,
combatendo na Itália para que a Humanidade pudesse viver em paz.
Justamente
quando ingressa no Mundo Vindouro, os dias que correm revestem-se de profundo
simbolismo, ligado a sua historia de luta pela Liberdade, através de 2 efemérides
marcantes:
13
de maio foi quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, registrando o ainda o
calendário judaico o 34º. dia do período de 7 semanas em que os hebreus
deixaram a escravidão do Egito, recordando a jornada do Povo de Israel, o Êxodo
para o Sinai, onde Moises recebeu as Tabuas da Lei.
Marechal
Levy participou dos principais movimentos revolucionários nacionais, desde a
revolta de 24, passando por
Na
Itália comandou o Primeiro Grupo de Obuses da Força Expedicionária
Brasileira, participando da Tomada de Monte Castelo.
Já
na reserva presidiu a Petrobrás em 1969. Como Veterano mais antigo e de maior
precedência, foi Detentor do Bastão de Comando da FEB, e ainda Decano da Ordem
dos Velhos Artilheiros, que congrega os integrantes da Arma de Mallet.
Era
uma tradição o comparecimento do Marechal ao Forte de Copacabana no Dia de
Santa Bárbara, que coincide com a reunião da Ordem dos Velhos Artilheiros, da
qual era o Decano.
Almoço
Festivo, tantas vezes reuniu Artilheiros da Ativa e da Reserva em torno do
carismático e sereno Marechal, que residia nas proximidades, na Rua Toneleros.
Sua presença conferia um clima todo especial ao evento.
No
Cassino dos Oficiais, o Marechal Levy recebia o Bastão de Comando da FEB, como
mais antigo ex-combatente, e da janela comandava uma Salva Festiva. Pensativo,
contemplando os obuseiros em posição, certamente recordava antigas manobras,
quando comandava a Ordem de Fogo para as suas Baterias.
Depois
do “Parabéns” o Marechal apagava as velas e agradecia sempre emocionado
mas com voz clara e forte, encerrando-se a festa com a Canção da
Artilharia.
Carioca
da Rua Evaristo da Veiga no centro do Rio de Janeiro, seu pai era filho de
portugueses e sua mãe a jovem professora Stella Levy, descendente de judeus do
Norte da África.
Dizia
haver Santa Bárbara salvo a sua vida na guerra. A Santa é a padroeira da
artilharia, e seu dia é celebrado em 4 de dezembro, mesmo dia do aniversário
do marechal.
Com
Da. Maria da Glória, falecida em 2006 teve 3 filhos que lhes deram 11 netos e
15 bisnetos, Miriam, casada com o General Antônio Joaquim Soares Moreira, também
da Arma de Artilharia, Cláudio e Roberto, este já falecido.
Que
a memória da sua rica existência sirva de exemplo e guia para as futuras gerações.
Nascido
no dia da Santa, falecido no Dia da Abolição, durante as 7 semanas de
jornada de um povo liberto, que a sua alma faça parte da corrente da
vida eterna.
Coronel Levy quando comandava o Regimento Mallet, 1953, e nas solenidades em que participava detendo o Bastão de Comando da FEB, como Veterano mais antigo.